Dirigentes dos trabalhadores e dos patrões voltam a se reunir dia
15 de janeiro de 2013, às 14 horas, na sede da Fiesc (Federação patronal), em
Florianópolis, na tentativa de chegarem a um acordo em relação ao reajuste do
Piso Salarial Estadual. Na terceira rodada de negociação, realizada na manhã
desta terça-feira (18), também na Fiesc, novamente não houve consenso e sequer
foi apresentada nova proposta por parte das empresas.
A reivindicação dos dirigentes
das centrais sindicais CUT, CGT, Força Sindical, Nova Central e UGT e das
Federações que negociam em nome dos trabalhadores catarinenses, entre elas a
Fetiesc, é de que sejam recuperadas, ao menos em parte, as perdas decorrentes
do acordo assinado em 2012, quando o reajuste ficou 4% abaixo do que foi
concedido ao Salário Mínimo Nacional (14,3%). Sendo assim, o Piso Salarial de
Santa Catarina ficaria próximo aos valores pagos ao Piso Regional do estado do
Paraná.
“A negociação é um processo de
amadurecimento e esperamos chegar a um acordo”, comenta o diretor sindical do
Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos),
Ivo Castanheira, lembrando que o reajuste que venha a ser negociado é sempre
retroativo a 1º de janeiro de 2013. “Nossa proposta foi encaminhada em setembro
e tínhamos esperança de que a Assembleia Legislativa votasse o Projeto de Lei
com o reajuste antes do recesso de final de ano”, lamenta o dirigente.
O diretor técnico do Dieese,
economista José Álvaro Cardoso, ressaltou que o ano deve fechar com mais de
5,66% de inflação e argumentou que o ambiente é favorável a uma boa negociação “porque
o país, e o Estado em especial, continuam gerando emprego, até mesmo em função
do forte mercado consumidor interno”, aliado a três fatores, que ele destaca: “A
redução da taxa de juros, o Plano Brasil Maior para enfrentar a baixa
competitividade e a desoneração da folha de pagamentos, com a diminuição dos
tributos às empresas”.
Do Dieese/SC
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